terça-feira, 1 de maio de 2012

morte à morte!

Olhares cruzados de vozes irrequietas, de complexidades humanas que ultrapassam o lógico, o básico, a barreira do visível! Gargalhadas psicológicas estilhaçam os vidros duma memória acorrentada ao preto e branco e aos diálogos mudos!
Eu quero morrer mas tu manténs-me vivo com o tóxico que nos relaciona!  Arrisco no aglomerado de pontos que forma a linha que teima em fazer bater o coração!
O sangue é catapultado para um chão que, enquanto sufoco, gera o abstrato que me sucede e te antecede, uma dança contemporânea, arrítmica, sem música!
Um escuro negro azeda em tons de amarelo vivo... ergo-me sem as mãos trémulas que ficaram a segurar um aura apodrecida!
Guardas o pior de mim numa caixa de cartão, ladeada de vírus mortais, afastando o risco de assaltos à mão armada à tua maior relíquia!
O teu cheiro habita em mim, e mesmo tendo eu cosido a boca ponto a ponto, de tempo a tempo tu marcas a mira das minhas coordenadas e perca-me eu onde tudo é camuflado, TU estás!
Eu vivi quando, numa esquina, apanhaste-a de surpresa! Tu mataste a minha morte numa eternidade que ainda não atingi! Roubaste-lhe o código que me desbloqueia da bomba relógio com estimativas de mais infinito!

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